Crônica : São Paulo, surtos e pânico

    
     Olá pessoal 

     Outra sexta, fechando com uma crônica com o tema especial aniversário da Cidade de São Paulo e a crise da febre amarela. Não parece mas os dois temas tem muito a ver e se ligam pelo fato contrastante do vazio da cidade e as filas cheias. 

    Velha São Paulo, mais um ano de histórias construidas Parabéns mais de 400 anos nos aguentando:  brigar, amar e fugir de você e sempre voltar para casa.

     Dia 25 de janeiro nos lembrando que onde vivemos é uma gigante  cidade, com cara de nova  e muita experiência registrada a cada esquina, em cada marca de tinta no muro, em cada arranha-céu que já foi uma casinha simples, em cada Rio que já foi limpo,vivo e agora é um grande cemitério, em cada povo que foi imigrante e agora tem um bairro, esta na cultura  tão plural que parece cem mas é um conjunto que se pode chamar São Paulo, esta na rivalidade do futebol que já foi várzea e hoje é campo, esta numa cidade que poderia ser pais. Nesta data especial, rememoramos que viver aqui é o exercício diário de aprender a conviver com passado,presente e futuro no mesmo lugar. 

   Falando de Sampa, a antiga terra da garoa que virou temporal, eita lugar complexo onde para comemorar o aniversário da cidade, as pessoas enforcaram o feriado e Saíram da cidade, veja só a ironia. Por isso vemos cenas incomuns que é a cidade vazia, sem transito e com pessoas vivendo a cidade porque tem tempo para gastar, clima de tranquilidade que não combina a intensidade das ruas, todas essas coisas refletem as contradições de uma cidade grande. 

    A única coisa que esta cheia são as filas dos postos e de clínicas, os casos de febre amarela tem levado as pessoas ao surto maior do que a própria doença aqui. Como vi num tweet fazendo piada sobre as filas, estamos na revolta da Vacina as avessas com pessoas lutando para ser vacinadas em vez de recusar, entendo o pânico com o efeito da irresponsabilidade da mídia em fazer um efeito manada, transformam algo pequeno em gigante, pois o numero de pessoas que precisam ser vacinadas e os que tem buscado com menos risco é algo surreal. O modo como foi feito a divulgação e tratada a questão levaram a população a loucura, tudo tem seu tempo e ritmo de execução, em tempos de vazios e calma liberaram histeria e pânico.

    Nessa semana, São Paulo fez seu aniversário e acabou não recebendo os presentes que merece porém entregou um presente de grego na sua revolta da vacina. Assim vivemos de casos e casos, onde nada é óbvio e tudo termina bem. 

  É isso, meus caros 
  Até amanhã     

 

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